E aí, tudo certo?
A gente vive num mundo que muda rápido, né? E a pandemia de Covid-19 veio pra provar isso de um jeito que a gente nunca imaginou. Ela bagunçou tudo: nossa saúde, a economia, como a gente se relaciona. E, claro, esse impacto todo bateu forte também no jeito como as coisas são vendidas e produzidas. No final das contas, um setor que sentiu bastante o baque foi o da eletrônica, e é sobre isso que a gente vai bater um papo. Rolou uma escassez gigante de componentes, e a gente vai entender por quê.
O Mundo dos Componentes Eletrônicos: Mais Importante do que Nunca
Pensa comigo: nosso dia a dia tá cada vez mais recheado de tecnologia. Seja seu celular que não sai da mão, o notebook que virou seu escritório, a TV inteligente da sala... tudo isso tem uma coisa em comum: componentes eletrônicos. De uma década pra cá, o avanço tecnológico foi tão grande que a procura por esses pequenos "cérebros" dos aparelhos explodiu!
Eles são a base de tudo, viu? O mercado de componentes eletrônicos é um dos maiores do mundo hoje, e é ele quem produz os famosos semicondutores e chips eletrônicos. Esses carinhas são essenciais pra fazer celulares, notebooks e computadores funcionarem.
Mas não para por aí! Sabia que os carros modernos também dependem horrores deles? Aqueles sistemas de segurança que a gente nem percebe, tipo os freios ABS e os airbags, funcionam por causa desses chips. Pra ter uma ideia, o Flavio Sakai, que é diretor da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), disse que lá nos anos 90 e 2000, a eletrônica representava uns 15% a 20% do custo de um carro. Hoje, essa porcentagem passa de 40%, e a estimativa é que chegue a 50% em 2030! Ou seja, carro virou um computador sobre rodas, quase.
A Covid-19 Chega e Muda Tudo
Lá no começo de 2020, quando a pandemia apertou, a gente viu o mundo frear. Pra tentar conter o vírus, um monte de coisa parou: comércios, empresas, fábricas... tudo fechado por conta do lockdown. E com isso, muita gente precisou correr pro home office. Você se lembra como foi? De uma hora pra outra, sua casa virou escritório, escola, academia, tudo junto!
Com todo mundo em casa, a necessidade de ter um carro diminuiu bastante. Afinal, pra que pegar trânsito se o trabalho tá ali na sala? Isso deu uma baita queda no setor automobilístico. As vendas caíram, as fábricas de carro reduziram a produção.
Mas, ao mesmo tempo, a necessidade de ter aparelhos eletrônicos bons pra trabalhar, estudar e se divertir em casa explodiu! Celulares, notebooks, tablets, webcams, impressoras, tudo isso virou item essencial. O setor de aparelhos eletrônicos cresceu muito, mas muito mesmo, por conta dessa demanda do home office.
O Efeito Dominó: A Escassez de Chips Acontece
E aí, a coisa desandou. O setor que produz os semicondutores e chips, que já tava com as fábricas paradas por causa da pandemia, viu essa mudança na demanda. Eles decidiram, com toda a lógica do mundo, concentrar a produção para o que tava bombando: eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos. Ou seja, menos chips pra carro e mais chips pra computador e celular.
Mas, pra variar, o ano de 2020 ainda guardava uma surpresa. Lá pro final do ano, o setor automobilístico começou a se recuperar e a crescer de novo! As pessoas voltaram a precisar de carro, as vendas subiram. E o Flavio Sakai, aquele diretor da AEA, lembra que o setor automotivo sozinho é responsável por 13% de todo o consumo de semicondutores do mundo. É muita coisa!
O problema é que a produção de chips não conseguiu mudar a chave tão rápido. Ela tava toda voltada pros eletrônicos e não conseguiu dar conta da nova demanda dos carros. Resultado? Um colapso na produção! Faltou chip pra carro, faltou chip pra outros aparelhos. Foi um efeito dominó, sabe? Uma coisa puxou a outra, e a gente acabou vendo prateleiras vazias e preços lá em cima pra um monte de coisa que usa esses componentes.
As Consequências e o Que Aprendemos
Essa escassez de componentes virou um problemão global. Imagina: as fábricas de carro parando a produção porque não tinham os chips necessários. Isso impacta desde a montadora gigante até o vendedor de carro na concessionária, e claro, quem quer comprar um veículo novo e não consegue. E não foi só carro, não! Videogames, algumas geladeiras, máquinas de lavar, tudo que tem um chipzinho dentro sentiu o impacto.
Foi um grande lembrete de como o mundo é interligado hoje em dia. Uma paralisação lá na China ou em outro país da Ásia, por exemplo, pode afetar diretamente a produção de um celular que você queria comprar aqui no Brasil. A gente viu de perto como a cadeia de produção é complexa e sensível a qualquer desajuste.
E o que a gente tira de tudo isso? Primeiro, a importância de ter uma cadeia de suprimentos mais robusta e menos concentrada. Segundo, que a demanda por tecnologia só cresce, e as empresas precisam se virar pra dar conta. E terceiro, que crises como a pandemia podem ter efeitos inesperados e duradouros em setores que a gente nem imaginava. A eletrônica, que parecia tão distante da Covid-19, sentiu na pele o que é ter que se adaptar de um jeito ou de outro.
E você, sentiu essa falta de produtos eletrônicos na pele durante a pandemia? Ou viu os preços subirem demais? Conta pra gente!