No mundo todo, os carros evoluem, novos modelos são lançados e os antigos saem de cena. Mas no Irã, essa regra não se aplica quando o assunto é Peugeot. Por lá, modelos que desapareceram das redes europeias há décadas continuaram sendo fabricados e vendidos como se fossem novidades. O maior exemplo disso é o Peugeot 405, que chegou ao país em 1991 e, mesmo depois de mais de 30 anos, segue firme na linha de produção.
A história entre a Peugeot e o Irã vem de longos dados. Desde os anos 1970, os franceses marcaram presença na indústria automotiva iraniana, e a parceria se fortaleceu ao longo dos anos. Quando a Peugeot deixou oficialmente o país em 2018 devido a avaliações econômicas impostas pelos Estados Unidos, parecia que seria o fim de sua presença por lá. Mas isso não aconteceu. A Iran Khodro Company (IKCO), maior montadora iraniana, avança fabricando os modelos da marca sob licença, mantendo viva a tradição dos Peugeot no país.
Mas por que esses carros antigos continuam tão populares? Além da dificuldade de importar modelos mais modernos por conta de restrições econômicas, os iranianos inauguram esses veículos, que são conhecidos pela durabilidade e facilidade de manutenção. Com isso, o Peugeot 405 e suas versões modificadas, como o Peugeot Pars, ainda fazem sucesso entre os motoristas que buscam um carro robusto e acessível.
Mesmo com as mudanças recentes na indústria automotiva iraniana, como a privatização da IKCO, tudo indica que os clássicos da Peugeot não irão sumir tão cedo nas ruas do Irã. Afinal, por lá, trocar um carro confiável por algo tão novo não é uma decisão tomada facilmente.